O ministro disse que, apesar da forte chuva que atingiu o estado na noite desta terça-feira (7) não houve registro de “maiores problemas”
Por Redação Jornal de Brasília
SÃO PAULO, SP
(UOL/FOLHAPRESS)
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, descreveu nesta sexta-feira (8) como “cenário de guerra” a situação no Rio Grande do Sul após passagem do ciclone que deixou 41 mortos no estado.
O ministro disse que, apesar da forte chuva que atingiu o estado na noite desta terça-feira (7) não houve registro de “maiores problemas”. Em entrevista, Waldez relatou que o acumulado de chuva foi de 100 milímetros.
Graças a Deus não tivemos maiores problemas na noite de ontem em relação a esse temporal, mas o acumulado [de chuva] nos últimos dias é realmente desafiador, é um cenário de guerra.
O governo federal reconheceu nesta quinta-feira (7) o estado de calamidade pública em 79 municípios castigados pelas chuvas no estado. Com o reconhecimento, os municípios já podem solicitar repasses para atendimento à população, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de moradias e infraestruturas destruídas pelo desastre.
O ministro disse estar alinhando com o governo do RS para que seja apresentado um plano de reconstrução de casas. “Em vez de a gente receber 79 planos [de cada uma das cidades], nós achamos que é mais ágil e coordena melhor um plano do governo do estado, levantando todas as informações, apresenta para nós um plano, e nós garantimos 100% dos recursos”, disse ele, citando também a reconstrução de escolas e postos de saúde em caso de eventuais danos.
Waldez visitou o estado ontem e disse que deve retornar amanhã ou no domingo com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB). O presidente Lula (PT) embarcou ontem rumo à Índia para participar da Cúpula do G20. Segundo o ministro, a ordem do petista é que o governo faça o necessário para “amenizar o sofrimento” da população gaúcha.
O ministro disse ainda que o governo tem “aprimorado” o debate sobre as mudanças climáticas. Ele citou uma possível mudança na legislação reconhecendo situação de emergência climática permanente aos municípios que por uma década têm vivido situações como estas.
Tragédia afetou mais de 10 mil pessoas
A tragédia no Sul já deixou 42 mortos (41 deles no RS e um em SC) e 10,5 mil desalojados e desabrigados. Esta já é considerada a maior tragédia natural no Rio Grande do Sul das últimas décadas.
Jair Maffi, coordenador da Defesa Civil de Passo Fundo (RS), disse que a última chuva com um volume tão expressivo foi registrada na região há 22 anos, em 2001.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pediu que pessoas que desejam fazer doações para os atingidos pela tragédia no estado não se desloquem para as regiões afetadas pelo ciclone. As doações devem ser feitas somente nos pontos de coletas, disponibilizados no site da Defesa Civil (confira aqui onde doar), orientou o político.