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Entenda o projeto sobre escolas cívico-miliares que gerou confusão na Alesp

Proposta, aprovada na terça-feira (21), precisa ser sancionada pelo governador paulista

Maria Clara Matos da CNN

Em uma sessão marcada por confusão, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou o projeto sobre o Programa Escola Cívico-Militar em São Paulo.

Confusão entre manifestantes e policiais militares na Alesp / Reprodução/X

De autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o projeto foi aprovado por 54 votos favoráveis e 21 contrários. O texto agora vai à sanção de Tarcísio.

O que é uma escola cívico-militar?

Segundo o projeto, escolas cívico-militares seriam instituições públicas de ensino que foram convertidas para o “modelo cívico-militar” ou novas unidades autorizadas possam seguir esse mesmo modelo.

O programa vai ser implementado em escolas públicas que já existem e em unidades novas.

Sobre o programa

O projeto do governador tem como uma das suas diretrizes elevar a qualidade de ensino medida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O Ideb é calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Saeb) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

Entre os objetivos também estão garantir o cumprimento das diretrizes e metas estabelecidas no Plano Estadual de Educação de São Paulo, além de “estimular a promoção dos direitos humanos e do civismo, o respeito à liberdade e o apreço à tolerância como garantia do exercício da cidadania e do compromisso com a superação das desigualdades educacionais”.

Quem vai gerir as escolas?

As escolas cívico-militares estaduais vão ser geridas por um núcleo civil (gestão pedagógica e administrativa) e um núcleo militar (composto de monitores, obrigatoriamente policiais militares da reserva do Estado de São Paulo).

Quem vai custear as escolas?

A Secretaria de Educação seria a responsável por coordenar e implementar o programa, além de financiá-lo.

De acordo com o governo de São Paulo, o investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas escolas comuns.

“O impacto orçamentário já está incluso no custo de pessoal da pasta, cujo valor de R$ 7,2 milhões será destinado, anualmente, para o pagamento dos militares”, divulgou o governo.

A pasta também vai ser responsável por selecionar as escolas que vão participar, de forma voluntária, e oferecê-las apoio técnico, como o corpo docente. Policiais militares da reserva podem atuar como monitores, mas terão que passar por um processo seletivo.

A pasta vai seguir os seguintes critérios para a seleção das escolas:

  • aprovação da comunidade escolar para implantação do Programa, por meio de consulta pública;
  • índice de vulnerabilidade social;
  • índices de fluxo escolar;
  • índices de rendimento escolar.

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