Rubro-Negro suou a camisa para superar os argentinos por 2 a 1, nesta quinta-feira, no Maracanã
Guilherme Xavier – Lance!
Flamengo e Racing fizeram um jogo digno de Libertadores no Maracanã. Truncado, com poucas opções de gol e muita marcação no meio do campo, o duelo foi decidido nos detalhes. No fim, o Rubro-Negro conseguiu o resultado esperado na marra, apoiado na força de sua torcida e atuações de jovens promessas que tem a confiança de Sampaoli, superando a catimba argentina.
Já classificado para as oitavas de final, o Racing foi ao Maracanã com um único objetivo: não perder, para sacramentar a vaga em primeiro do Grupo A. Apesar do foco do jogo dos argentinos ter sido a marcação e a tradicional catimba, o Racing tocou bem a bola e ofereceu muita dificuldade ao Flamengo do início ao fim. Sampaoli precisava resolver e assim fez.
Sem Gabigol e Léo Pereira, lesionados, Sampaoli manteve o esquema com que venceu o Vasco, mas promoveu uma mudança: Everton Ribeiro, recuperado, entrou na vaga de Matheus França. O técnico argentino também estava ciente de que precisaria conter as investidas de Matías Rojas, principal jogador do Racing, por isso segurou um pouco mais Ayrton Lucas e deu liberdade para Wesley atacar. O lateral realizou diversas triangulações ao longo do primeiro tempo com Everton Ribeiro e Arrascaeta, sendo premiado com seu primeiro gol como profissional.
Apesar de ter ido para os vestiários com o resultado positivo, o Flamengo suou a camisa na etapa inicial. Foram poucas chances de gol, apenas três finalizações, sendo duas no alvo, e muitas faltas: sete no total. O Racing segurava o meio-campo do Rubro-Negro com excelente marcação em duas linhas de quatro, deixando apenas Hauche e Reiniero lá na frente.
Wesley celebra seu primeiro gol pelo profissional do Flamengo com Gerson (FOTO: ALEXANDRE LOUREIRO / AFP)
Em um momento de desatenção do Flamengo, no entanto, o Racing chegou ao sonhado gol. O próprio Rojas, que já havia chutado de maneira muito perigosa na primeira etapa, acertou um tapa de esquerda no cantinho de Matheus Cunha, que nada pôde fazer. Justamente nos poucos instantes em que o Rubro-Negro se desligou, os argentinos empatavam.
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A partir gol, a dinâmica do jogo voltou a mudar, e o Flamengo retomou as buscas pelo segundo. No entanto, a marcação do Racing ficou ainda mais cerrada, bem no esquema do “ônibus estacionado”, popularizado por José Mourinho. Pelo aspecto físico da partida, alguns jogadores começaram a perder fôlego, como Arrascaeta, que foi substituído por Victor Hugo. Essa foi a substituição que mudou os rumos da partida.
O garoto do Ninho entrou bem, fez jogadas individuais para quebrar as linhas de marcação do Racing e, no fim, foi premiado com um gol. A jogada veio mais aos trancos e barrancos, com Pulgar tabelando com Cebolinha e contando com a sorte para que seu desvio chegasse aos pés de Victor Hugo. Brilhou a estrela de Sampaoli, que tem utilizado cada vez mais a base do Flamengo.
Victor Hugo desafogou o Flamengo com gol no fim do jogo (ALEXANDRE LOUREIRO / AFP)
Após a partida, Sampaoli fez críticas ao gramado do Maracanã e comentou que o estado ruim pode ter prejudicado o estilo de jogo do Flamengo. O treinador também precisará encontrar soluções com relação a Pedro, que voltou a ter atuação discreta. A noite, no entanto, é de festa, não só por conta do resultado, mas pela postura valente da equipe em momento de adversidade.
Sem tempo para descansar, o Flamengo volta aos treinos na manhã desta sexta-feira com a chave virada e pensando no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro entra em campo no domingo (11), para enfrentar o Grêmio, em jogo válido pela décima rodada da liga nacional. A partida acontecerá às 18h30 (de Brasília), no Maracanã.