A taxa de analfabetismo impacta mais os idosos com deficiência, refletindo a menor escolarização em comparação aos mais jovens
Por Gabriel Resende
Quase 20% da população brasileira com deficiência acima de 15 anos era analfabeta no terceiro trimestre de 2022, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Isso significa que quase 3,4 milhões de pessoas com deficiência não sabiam ler e escrever. Por outro lado, a taxa de analfabetismo entre as pessoas sem deficiência foi de 4,1%. A pesquisa também mostrou que apenas 25,6% das pessoas com deficiência com 25 anos ou mais haviam concluído pelo menos o ensino básico, em comparação com 57,3% das pessoas sem deficiência na mesma faixa etária.
“As desigualdades eram esperadas, mas algumas são muito gritantes”, diz Luciana Alves dos Santos, analista da pesquisa do IBGE ao jornal Folha de São Paulo. Um dos principais pontos, segundo ela, é justamente a disparidade do indicador de analfabetismo.
Além disso, a pesquisa destacou desigualdades preocupantes em áreas como educação e mercado de trabalho para essa parcela da população.
A taxa de analfabetismo impacta mais os idosos com deficiência, refletindo a menor escolarização em comparação aos mais jovens.
A pesquisa considera como pessoa com deficiência aquelas que têm dificuldades significativas ou não conseguem realizar atividades como ouvir, enxergar, andar ou subir degraus.