Para Janet Yellen, tendência é de crescimento chinês mais modesto nos próximos anos; Pequim vem evitando anunciar pacote mais robusto de ajuda estatal, instando governos locais a agir
Por Valor — São Paulo
A desaceleração da economia da China pode não afetar tanto os Estados Unidos, porém, o sudeste asiático poderá sentir de maneira mais intensa os impactos de um crescimento chinês mais modesto. As declarações são da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, durante entrevista coletiva às vésperas da reunião do G20, segundo o “Financial Times” (FT).
Yellen afirmou que vê a China com espaço fiscal para lidar com os problemas atuais da desaceleração econômica e que monitora os desafios de Pequim. A secretária disse, ainda, que não vê os problemas chineses afetando “significativamente” os EUA, segundo o “FT”.
A previsão da titular do Tesouro americano é que o crescimento chinês assuma tendência mais modesta nos próximos anos.
Desde o final da pandemia, a China vem enfrentando problemas de crescimento abaixo do esperado, especialmente internamente, com uma demanda local que se mostrou menos resiliente do que em outras partes do mundo, quando o fim dos lockdowns e das restrições provocaram uma alta no consumo de bens e serviços.
Apesar dos problemas, Pequim vem evitando anunciar um pacote mais robusto de ajuda estatal, instando governos locais e atuar de maneira mais incisiva para ajudar empresas com problemas – especialmente aquelas do setor imobiliário.