Coleção inclui artigos dados por empresas, populares, autoridades nacionais e estrangeiras; TCU deve definir uma auditoria para examinar acervo
Tanto as joias sauditas apreendidas com o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pela Receita, quanto o conjunto incluindo um relógio luxuoso de mesma origem — esse, sim, recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) —, correspondem a uma pequena amostra do acervo de presentes regalados a Bolsonaro enquanto chefiava o Executivo.
Segundo uma lista elaborada pela Presidência acessada por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), nos anos de mandato de Bolsonaro, o ex-presidente conseguiu acumular uma coleção de 19.470 itens. O acervo de presentes inclui 44 relógios, 74 facas, 54 colares, 112 gravatas, 618 bonés, 448 camisas de futebol e 245 máscaras de proteção facial, além de munição e colete à prova de balas. A informações são da Folha de S.Paulo.
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Dentro da coleção alguns itens podem ser considerados como presentes simbólicos. Como a lista não detalha valores, não tem como saber se são itens de luxo ou joias. Os presentes dados são de apoiadores do presidente, dos mais variados grupos, podendo ser de empresas, populares, autoridades nacionais e estrangeiras.
O Tribunal de Contas da União (TCU) pode determinar a devolução imediata das joias ilegais enviadas de presente por um príncipe saudita à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Avaliados em R$ 16,5 milhões, os itens foram apreendidos pela Receita e não chegaram a ser entregues à família Bolsonaro.
Na próxima quarta-feira (15), a corte deve definir uma auditoria para examinar presentes dados ao ex-presidente nos quatro anos de mandato.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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