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Vitaminas: como a falta ou o excesso delas impacta a nossa saúde?

O Globo Repórter dessa sexta-feira (14) mostrou como encontrá-las e de que forma elas alimentam nossos ossos, músculos e o cérebro.

Por Globo Repórter

A palavra V-I-T-A-M-I-NA vem de VITA, que significa vida e MINA, fonte. Logo, “fontes de vida”. Elas, junto com os sais minerais, são micronutrientes fundamentais para que nosso corpo se desenvolva e funcione bem. Mas onde encontrá-las? E de que forma elas alimentam nossos ossos, músculos e o cérebro?

O Globo Repórter desta sexta-feira (14) mostrou como a falta ou o excesso delas impacta a nossa saúde. Saiba mais abaixo:

A, B, C, E, K: quais são as funções das vitaminas

O programa conversou com o professor de Engenharia de Alimentos, Mario Marostica, que explicou a função das vitaminas A, B, C, E, e K. Veja:

  • A: é importante na visão, na função da pele e no funcionamento hepático;
  • Complexo B: B1, B2 e B3 são relacionadas ao metabolismo energético e à produção celular. A vitamina B12 é importante para o metabolismo de proteínas;
  • C: função clássica de antioxidante, auxilia na produção de hormônios e, segundo pesquisas recentes, também está associada ao aumento da imunidade. Além de desempenhar outras funções, como a produção de colágeno;
  • E: atua como antioxidante e evita, principalmente, a oxidação das nossas membranas celulares;
  • K: função importante de promover a coagulação e a calcificação, com a fixação do cálcio nos ossos.

🍛As combinações que formam uma alimentação mais rica

O professor da UNICAMP também destacou as combinações de alimentos que formam uma rica composição de vitaminas. Segundo o especialista, começar o dia com um ☕cafezinho e o famoso 🍞pão com 🥚ovo, por exemplo, é uma boa.

“O ovo é rico em por exemplo vitamina A, D E e K e o pão integral tem vitaminas do complexo B: B1, B2 e B3″.

Para o almoço, um prato típico brasileiro, como o 🍚arroz e o 🫘feijão também é uma ótima escolha. A 🥩carne, o 🥦brócolis e a 🥬alface também contribuem.

“Arroz e feijão a combinação tem vitamina do complexo B como vitamina B1 B2 B3. O brócolis também tem vitaminas do complexo B e vitamina K, a salada de alface também tem vitamina K e uma carne que também é rica em vitamina B12”, pontua.

No jantar, um 🍲sopão com legumes é uma ótima alternativa.

“Tem macarrão, que é rico em vitamina B1, B2, B3 e ácido pantotênico, enquanto os legumes, como cenoura, abóbora são ricas em vitamina A e o repolho que é rico em vitamina K. A carne contribuiu com a vitamina D”.

As vitaminas das frutas

As frutas também atuam como importantes fontes de vitaminas e nutrientes. O Globo Repórter preparou uma lista com as mais comuns:

  • 🍌Banana: potássio e magnésio
  • 🍊Laranja e 🍋limão: vitamina C
  • 🍎Maça: vitaminas C, A e E
  • Mamão: vitamina A e magnésio
  • 🥭Manga: vitamina A e potássio
  • 🍐Pera: vitamina C e magnésio
  • Goiaba: vitaminas C e A

Os riscos da Hipervitaminose ou excesso de vitaminas

O Globo Repórter ainda destacou o perigoso de tomar micronutrientes por conta própria. A hipervitaminose – ou o excesso de vitaminas – em vez de trazer saúde pode causar vários problemas, como alertou o professor de Ciências da Saúde da USP, Alceu Jordão Junior.

“Muitas formulações dessas cápsulas contém níveis extremamente elevados: 200 vezes, 300 vezes, 400 vezes à nossa necessidade. A gente pode ter uma toxicidade renal ou um dano hepático, ao fígado, a um rim e a diversos órgãos”.

O especialista ressaltou a importância de que a suplementação seja orientada e monitorada por um profissional de saúde.

“A suplementação é possível? Sim, desde que avaliada por um profissional de saúde” .

Desafios nutricionais na infância

O maior estudo já feito no Brasil sobre alimentação e nutrição infantil revelou que quase 40% das nossas crianças têm carência de alguma vitamina ou sais minerais. Os níveis estão abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. E as principais preocupações apontadas na pesquisa são justamente as deficiências de vitamina “A”, da “B12” e também de ferro e zinco.

“A principal fonte alimentar de zinco são as fontes de origem animal que muitas vezes são caras nos países. A gente tem ele presente nas carnes, mas também tem nos feijões, nos vegetais verdes escuros e os mexilhões, gema de ovo”, destacou a nutricionista da UERJ, Inês Rugani.

A especialista também destaca a relação da má alimentação para o sistema imunológico da criança.

“Ela fica mais vulnerável a doenças, a infecções em geral, que são super comuns na infância. Gripes, diarreia, infecções em geral, que também vão comprometer o crescimento se acontecem com muita frequência”, alertou Inês.

A nutricionista ainda aponta como garantir esses micronutrientes tão importantes para as crianças:

“A gente precisa ter aleitamento materno sempre que possível de preferência exclusivo nos seis primeiros meses de vida e depois continuado, até dois anos ou mais. Tipos diferentes de frutas e de legumes. Se possível a presença de alimentos de origem animal. Quando necessário, a suplementação com suplementos recomendada por profissional de saúde”.

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