Revelado pelo Verdão, o atacante voltará ao clube alviverde três anos após ser vendido ao Bragantino
Fábio Lázaro
O Palmeiras está prestes a fechar o retorno do atacante Artur, três anos após vender o atleta, revelado pelo clube, ao Bragantino. O Verdão pagará 8 milhões de euros (R$ 44,4 mi, na cotação atual), podendo chegar a 10 milhões (R$ 55,4 milhões, na cotação atual) por meio do cumprimento de metas na primeira temporada.
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O valor é um pouco menor do que o dobro em relação ao que os palmeirenses receberam para liberar o atleta ao Massa Bruta em janeiro de 2020. Ainda que na época a equipe alviverde tenha 6 milhões de euros (cerca de R$ 27 mi), 2 milhões de euros a menos do que vai desembolsar agora, a moeda europeia estava na casa de R$ 4,50 e hoje se encontra a R$ 5,50.
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A opção do Palmeiras em contratar um jogador revelado pelo clube pagando mais do que o vendeu para o mercado interno há três temporadas é meramente técnica. Artur agrada a comissão palmeirense e é visto como um jogador que cumpre características em falta no elenco.
Mesmo sendo uma peça forte nas jogadas de profundidade e um contra um, o atacante é visto também como um construtor pelo lado esquerdo, função que ficou carente com a saída de Gustavo Scarpa para o Nottingham Forest, da Inglaterra, no fim do ano passado. Bruno Tabata foi contratado ainda em 2022 para suprir essa ausência, mas demorou para vingar e quando isso aconteceu, já durante 2023, sofreu uma lesão muscular que fatalmente o tirará das finais do Campeonato Paulista. Inicialmente, a ideia adotada por Abel Ferreira foi atuar com dois atacantes, dando mais rodagem para o garoto Endrick, que havia encerrado bem a temporada passada. No entanto, o jovem, de 16 anos, não está bem e perdeu espaço no time titular.
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Com Rony em grande fase jogando próximo ao gol, sendo o artilheiro da equipe no ano, com seis gols marcados, o que lhe rendeu até convocação à Seleção Brasileira, o Verdão viu a necessidade de reforçar o ataque pelos lados e após algumas avaliações no mercado chegou ao nome de Artur.
Michael e Luiz Araújo foram nomes avaliados. O Palmeiras chegou até fazer duas propostas pelo primeiro, ambas recusadas pelo Al Hilal, da Arábia Saudita. Porém, a possibilidade de contratar o jogador do Bragantino empolgou os palmeirenses, que passaram a tratar o atleta como plano A há, pelo menos, duas semanas.
Os palestrinos entendem que mesmo Artur fazendo grandes temporadas com a camisa alviverde ele dificilmente terá mercado de primeiro escalão europeu, já que o atleta tem 25 anos e está fora da vitrine no Velho Continente. Mais um fator que explica a contratação meramente pelo ganho técnico feita pelos palmeirenses.
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No Bragantino, o sentimento é de frustração com o atacante, que foi contratado em 2020 trazendo consigo a expectativa de um grande retorno esportivo e financeiro ao clube do interior paulista. Por fim, ele rendeu muito menos do que o esperado no ponto de vista das cifras e tecnicamente nunca conseguiu ser a estrela do time. Até mesmo a sua melhor fase, entre 2020 e 2021 foi sendo coadjuvante de Claudinho, vendido para o Zenit, da Rússia, em agosto de 2021, na negociação mais lucrativa da história do Massa Bruta: 15 milhões de euros (cerca de R$ 92 mi, na cotação da época), com o Braga mantendo 20% dos direitos econômicos do jogador.