ornada estendida capacita melhor os estudantes, tranquiliza os pais e torna o ambiente escolar ainda mais acolhedor aos desafios da educação básica
Estudos sobre o tema, experiências em diferentes escolas e especialistas: todos apontam as vantagens do ensino integral. Os estados brasileiros que já vêm investindo nessa mudança há alguns anos conseguiram observar a diferença: Pernambuco, por exemplo, foi de uma das piores posições do ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2007, ficando em 21º, para a 3ª colocação em 2019. O que mudou no período foi o aumento de unidades escolares atuando em tempo integral — eram 20 em 2007 e agora são mais de 500. “O estado de Pernambuco foi ágil em observar o sucesso das escolas que já aplicavam o modelo integral e, assim que passaram a replicar, os resultados foram aparecendo”, comenta Arthur Buzatto, presidente e mantenedor da Escola Vereda, que oferece educação integral para alunos do ensino fundamental e médio. “Agora, veremos cada vez mais instituições aderindo e descobrindo essas vantagens, o que deve levar o Brasil a um novo patamar na educação.” Existem diferentes razões pelas quais o desempenho dos estudantes é melhor no ensino integral. Segundo Buzatto, a principal é que o modelo permite que a escola trabalhe o desenvolvimento do aluno em todos os âmbitos: academicamente, emocionalmente e fisicamente. “O modelo dá tempo para a escola preparar atividades que englobam o indivíduo como um todo e, com educadores presentes para auxiliá-lo a qualquer momento, a escola se torna um espaço seguro para o crescimento e para a descoberta”, explica o especialista.