Sem diálogo com a patronal Sindiposto-GO, a classe segue paralisada
POR GUSTAVO SOARES
Articulada pelos trabalhadores de postos de gasolina vinculados ao Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sinpospetro-GO), a greve foi deflagrada com início na última sexta-feira, dia 21, às nove da manhã, em prol de melhorias nas condições de trabalho. Em 11 de junho, a classe dos trabalhadores recebeu uma proposta da patronal Sindiposto-GO que não atende às exigências da categoria.
A programação de greve prevê a visita a postos de gasolina da capital. “Estaremos com carros de som e faixas com o objetivo de manifestar sobre a situação atual e informar os frentistas sobre o movimento de paralisação”, afirma Carlos Pereira, gerente do Sinpospetro. Nesta segunda-feira, 24, os trabalhadores visitarão 4 postos. Pela manhã, sindicalistas se reuniram em frente ao Posto Shell, localizado na avenida 136, no setor sul de Goiânia.
Reivindicações
Segundo o gerente do Sinpospetro, no momento não existem negociações, nem propostas que atendam aos direitos da classe dos frentistas apresentadas pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO).
A greve continua por tempo indeterminado. As principais reivindicações são:
- Aumento do INPC acumulado nos últimos 12 meses (3,34% fonte: IBGE)
- Ganho real de 5%
- Cestas básicas de R$ 280
- Assiduidade no trabalho de R$ 35
- Manutenção de benefícios já acordados (benefício social, seguro de vida, plano odontológico)
A data-base dos frentistas teve prazo de encerramento em primeiro de maio, sem aumento de salários. Data-base é o período do ano em que empregados e contratantes, com seus respectivos sindicatos representativos, se reúnem para atualizar termos de contratos de trabalho. Atualmente, o salário de um frentista é R$ 1.442,48 + 30%, totalizando R$ 1.875,23.
Diante desse contexto, o Sinpospetro vai acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) em busca de mediação entre os empregados e os patrões. Segundo o MPT, o pedido foi encaminhado para um procurador do Trabalho hoje, 24. O primeiro passo será a convocação dos sindicatos envolvidos para uma audiência para alcançar conciliação.
Carlos Pereira, gerente do Sinpospetro, afirma que “o sindicato da alimentação, Sintel, e o sindicato do comércio nos acompanham nesta luta por garantia de direitos”.
O Sindiposto se manifestou por meio de nota. Confira na íntegra.
Nota Sindiposto
Tema: Manifestação Frentistas
Atendendo ao pedido deste veículo sobre a solicitação de posicionamento do Sindiposto referente as manifestações dos frentistas, informamos que:
• Em relação as manifestações, o Sindiposto Goiás informa que não houve adesão dos trabalhadores e que está havendo alguns protestos localizados em determinados postos de combustíveis de Goiânia, ou seja, não houve paralisação.
• O Sindiposto informa ainda que aguarda um posicionamento do Sinpospetro em relação às negativas das solicitações realizadas pela categoria econômica, sendo que eles ainda não se manifestaram sobre o tema.
• O Sindiposto tem como um dos seus objetivos esclarecer e prestar informações do segmento de combustíveis em Goiás para a população, referente a movimentação do mercado, entre outros temas do setor.